Birdwatching – Observação de Aves na Barragem do Caia

Birdwatching (observação de aves) é um tipo de observação de vida selvagem focada em observação de aves realizada tanto como uma actividade recreativa, quanto uma actividade vista como ciência cidadã. A observação de aves consiste na recolha de registos visuais ou auditivos de aves, e pode ser realizada utilizando apenas os olhos nus, mas também por equipamentos que aumentam a capacidade visual do observador, como binóculos, telescópios, câmaras fotográficas, e a audição é essencial em observação de aves, já que a grande maioria das espécies é sensivelmente mais fácil ouvir do que ver.
A maioria dos Birdwatchers (observadores de aves) praticam tal actividade devido a razões sociais ou de lazer, diferenciando-se assim dos ornitólogos que utilizam metodologias científicas para tal actividade.
A actividade de Birdwatching (observação de aves) é considerada de baixo impacto ambiental e importante para a conservação de aves. Em comparação a outras observações de animais, como safaris que exigem veículos para a observação, observação de baleias que exigem barcos, as actividades de observação de aves impacta directamente menos, uma vez que além dos distúrbios causados pelo impacto directo, seja pela remoção da camada superficial do solo, seja pela poluição sonora, ainda há o consumo de combustível.
Espécies mais interessantes na Barragem do Caia:
frisada, mergulhão-de-crista, milhafre-real, perdiz-do-mar, gaivina-de-bico-preto, andorinha-do-mar-anã, gralha-de-nuca-cinzenta
Outras espécies na Barragem do Caia:
pato-real, pato-trombeteiro, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, cegonha-branca, milhafre-preto, galeirão-comum, pernilongo, tarambola-dourada, abibe, abelharuco, andorinha-das-rochas, andorinha-dáurica, chasco-ruivo, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos, picanço-barreteiro, pega-rabuda, pega-azul, bico-de-lacre
Raridades na Barragem do Caia:
pato-ferrugíneo
O paredão da Barragem do Caia é um bom local para obter uma primeira perspectiva da albufeira. É possível observar aqui o corvo-marinho-de-faces-brancas. Na extremidade norte do paredão, existe uma pequena estrada que desce e conduz à base do paredão. A partir daqui é possível observar as duas grandes aberturas, que são utilizadas como refúgio por alguns bandos de gralhas-de-nuca-cinzenta. A andorinha-das-rochas alimenta-se frequentemente ao longo do paredão. A jusante, ao longo do rio Caia existem manchas de caniço, onde se pode ver o rouxinol-bravo e o bico-de-lacre. Os campos envolventes são frequentados pela fuinha-dos-juncos.
Voltando ao topo do paredão e saindo para sul, segue-se pela estrada nacional 243, que inflecte para oeste. Cerca de 4 km mais adiante pode ver-se, do lado direito, uma impressionante colónia de cegonhas-brancas, composta por mais de 50 ninhos.
Ao fim de mais alguns km chega-se a Santa Eulália, que constitui a melhor base para explorar a parte ocidental da barragem. Para o efeito, sugere-se a pequena estrada municipal (com troços não asfaltados) que ruma para leste e que ao fim de 4 km desemboca na albufeira. Este é um bom local para observar diversas espécies de aves aquáticas, nomeadamente o mergulhão-de-crista, a frisada, o pato-real, o pato-trombeteiro e o galeirão-comum. Durante a época de nidificação esta zona é frequentada por milhafres-pretos, pernilongos, gaivinas-de-bico-preto e andorinhas-do-mar-anãs. Nos terrenos envolventes é possível observar o abelharuco e o chasco-ruivo.